Análise blade runner
Lançado em 1982, Blade Runner é um filme do gênero ficção científica. Porém enganam-se os que acreditam que a obra se resume ao entretenimento, está muito além deste objetivo, pois suscita em seu espectador diversas questões filosóficas, econômicas, sociais, enfim, nos convida a refletir acerca de nossa realidade e do projeto de sociedade instaurado desde a modernidade.
O filme se passa na Los Angeles de 2019, marcada por um desenvolvimento tecnológico muito mais avançado do que aquele visto nos dias atuais, tornando possível a colonização de outros planetas e dando continuidade a um constante processo de conquista e dominação, típico da sociedade moderna, que em muito se assemelha ao que foi realizado outrora por povos europeus. Entretanto, em Blade Runner a função de agente colonizador já não cabe aos seres humanos, mas aos replicantes, máquinas concebidas como humanos na aparência, embora sejam mais fortes e ágeis. Só o são distinguidos dos seres humanos quando submetidos a um teste que põe à prova seus sentimentos. Fruto de avançada biogenética, estes bandeirantes são banidos da Terra, sob a pena de morte, após uma equipe de combate de nexus 6 –versão mais aperfeiçoada dos replicantes se revoltarem em uma dessas colônias. Ao descobrir que os nexus 6 são capazes de desenvolver sentimentos ao longo da vida, a Tyller Corporation, empresa responsável pela fabricação dos replicantes, decide criar um dispositivo que limita o tempo de vida dos androides a quatro anos.
A trama se inicia com a descoberta de que quatro dessas poderosas máquinas infringiram a lei e retornaram à Terra. Então, Deckard – o herói – é convocado às pressas para retomar seu emprego como blade runner - brigadas especiais da polícia que possuem a ordem de “aposentar” os replicantes. A contragosto, Deckard embarca em sua empreitada. A paisagem que o cerca deixa clara a distância no tempo. O aspecto futurista da cidade se revela através de avançada tecnologia - como carros