Análise seniótica do filme blade runner

ANÁLISE SEMIÓTICA DO FILME BLADE RUNNER

Blade Runner é um filme de ficção científica norte-americano, dirigido por Ridley Scott, baseado no romance “Do Androids Dream of Electric Sheep?”, de Philip K. Dick, que contém uma profunda reflexão filosófica, ética e religiosa. Blade Runner mostra um futuro dominado por grandes corporações, onde a produção de seres artificiais chamados de Replicantes chegou a uma situação problemática. Na busca pela construção do ser perfeito, a Tyrell Corporation, maior responsável pela manufaturação destes “andróides”, acabou dando origem a Replicantes com a capacidade de desenvolver sentimentos. Por causa desta “fragilidade” perigosa, seus produtos tem uma vida de 4 anos. Depois disso, morrem, não permitindo o desenvolvimento de pensamentos que poderiam os levar a um tipo de rebelião contra os humanos. A trama do filme acontece toda envolta da busca de cinco andróides da resposta para viverem mais, a busca pela vida mais longa se transforma na valorização da própria. O filme tem um visual futurista usando características fundamentadas no mundo real. A análise a seguir, pretende mostrar o filme sob a percepção da semiótica, no qual Philip K. Dick abraça o passado e o futuro como uma grande ruína que o vai consumindo, contribuindo para uma obra enigmática e carregada de simbolismos. De acordo com Blade Runner, o futuro do planeta é sombrio e assustador. O crescimento descontrolado das grandes metrópoles, aliado à globalização e a destruição do meio ambiente, provocou profundas alterações climáticas e sociais, transformando o planeta em um local frio, deteriorado e muito complicado de se viver. Uma das cenas que é interessante observar é a de um um aparelho de leitura da íris dos olhos capaz de identificar os replicantes Nexus 6. A presença do olhar em Blade Runner é marcante, não apenas pelo fato dos replicantes serem identificados através da análise de sua íris, mas pela cena de abertura do filme, que mostra um