ANTROPOLOGIA
Com a revolução que ocorreu no início do século XX no campo da Antropologia, o pesquisador viu a necessidade de efetuar seu trabalho no campo, a observação passou a ser parte da pesquisa.
Os etnólogos que se destacaram foram Boas (1858-1942) e Malinowski (1884-1942).
A principal contribuição de Boas deve-se à sua pesquisa microssociológica, ele afirmava que no campo nenhum detalhe deveria passar despercebido e ainda que um costume só tem significação se for relacionado ao contexto particular no qual se insere, mas para chegar a essa conclusão seria necessário que o próprio antropólogo fizesse as observações e tivesse uma experiência com novas culturas, sem considerá-las superiores nem inferiores.
Boas seja praticamente desconhecido, exceto pelos profissionais da antropologia, isso se deve, ao fato que ele nunca escreveu nenhum livro destinado ao público erudito e os textos que nos deixou são de uma ocasião e de um rigor ascéticos. Nunca formulou uma teoria, porém sua influencia foi considerável e ele permanece sento o mestre incontestado da antropologia na primeira metade do século XX.
Já Malinowski, ofereceu grande contribuição sendo o primeiro antropólogo a conduzir cientificamente uma experiência etnográfica, ninguém antes dele havia estudado tão profundamente e tão de perto outras populações. Para Laplatine, com Malinowski, a antropologia se tornou uma ciência da alteridade que viras as costas ao empreendimento evolucionista de reconstituição das origens da civilização, e se dedica ao estudo das lógicas particulares, características de cada cultura. Malinowski afirmava que o homem devia ser estudado a partir de 3 aspectos, o social, o psicológico e o biológico. Dessa maneira as outras sociedades não deveriam ser consideradas como primitivas ou atrasadas ou nem mesmo comparadas com a própria sociedade à qual pertenciam, mas deveriam ser vistas como diferentes apenas, mas tão humanas quanto a sua própria sociedade.