antropologia
Geertz nesse texto apresenta um contraponto entre a distinção etnocentrismo x relativismo após o discurso de Levi Strauss na UNESCO, em que ele passa a defender o isolamento de culturas para que não desapareçam. Geertz observa que, nem essa visão e nem o etnocentrismo estão no caminho correto. A visão de Levi Strauss, na concepção de geertz, não leva em conta que muitas culturas viveram ao longo do tempo e se tornaram mais complexas devido ao contato e a troca com outras culturas, e que hoje em dia, numa globalização dos povos é preciso se acomodar a diversidade, se pôr no lugar do outro, sem necessariamente abdicar de sua cultura, porém, tentanto entender que precisamos conviver com as diferenças, visto que se tornou praticamente impossível não conviver mutuamente.
Os limites do método comparativo
Franz Boas tece uma crítica à forma como alguns antropólogos levam à cabo a comparação entre culturas completamente opostas como forma de criar ideias de universalismo. No texto ele mostra que certos aspectos das culturas não podem ser comparados pois possuem uma história de formação, um viés histórico, completamente diferente do “semelhante” em outra cultura. O universalismo, que tenta abstrair ao máximo as culturas, releva um importante ponto, que é o caráter da formação e do contexto de algo, que pode ser diferente em diversos locais.
Selvageria e civilização
Henry Lewis Morgan, em seu pensamento evolucionista, prega a ideia de que há um progresso linear de todas as culturas em direção a concepção de sociedade anglo-saxã. As culturas, segundo ele, passam por estágios evolutivos, que são universais, na qual o homem lentamente passa de selvageria para barbárie e finalmente civilização.