antropologia politica
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Faculdade de Ciências Sociais
Disciplina: Antropologia Política
Professora: Mônica Prates
Alunos: Nazareno Junior Sanderly Gonçalves de Almeida-11011003901
O trecho parte da ausência de autoridade e um Estado entre essas sociedades tradicionais. O poder dos chefes é demonstrado não por meio da força, violência ou leis escritas, mas por sua oralidade, tradição e virtude, sendo isto a diferença presente no mundo indígena. Tal oralidade do chefe é importante, pois é um meio de poder politico. A função do chefe consiste em pacificar e manter a paz e harmonia no grupo, tendo como grande virtude a sua generosidade, e este deve responder à generosidade que dele se espera. Existe nessa situação uma espécie de poder de troca, só que a troca se faz entre uma parte do individuo e a outra sobre um grupo total. O chefe se configura como ambíguo, pois apesar de ser visto como líder nessas sociedades, não possui autoridade para com os membros da tribo, visto que estes não tem o dever de obedecer ao chefe indígena. Não há estratificação social nem autoridade de poder, e isto passa a ser um traço da organização política das sociedades indígenas. Portanto ele passa a ser excluído do circuito de reciprocidade por não realizar a relação social de comando e obediência, sabendo-se que onde não há essa relação não há poder. A obediência como afirma o texto do autor, é algo que foi mais bem exercido e cultivado entre os homens. Mas apesar deste líder não possuir autoridade, ele possui privilégios e estatuto social, privilégio este que não deve ser relacionado com ociosidade, pois o chefe da tribo é quem mais trabalha.
A chefia nas sociedades sul-americanas é realizada de forma patrilinear, ou seja, de descendência paterna, sempre se iniciando um novo ciclo da mesma forma que o anterior, levando-se em consideração que o chefe não possui poder decisório e que seu poder depende da boa