Antropologia Filosófica
Aluna UAB/IFPA-Rosiane Pereira Dias
Segundo o velho Aurélio, antropologia é “1. Estudo ou reflexão do que é humano, e do que lhe é característico. 2. Designação comum a diferentes ciências ou disciplinas, cujas finalidades são descrever o ser humano e analisá-lo com base nas características biológicas e socioculturais dos diversos grupos (povos, etnias), dando ênfase às diferentes variações entre eles”. É o estudo, o discurso, a reflexão (logos) sobre o humano (antropo).
Nesse sentido, a definição que melhor cabe à Antropologia Filosófica é a 1, considerando que a Filosofia não descreve nem o mundo biológico tampouco o mundo sociocultural. A antropologia filosófica trabalha com reflexões, concepções e entendimento.
É o saber que busca uma definição não-biológica, porque considera o humano como algo que transcende ao biológico; nem um saber tão-somente cultural, porque acredita que há algo no humano que lhe seja inalienavelmente seu, algo humano de fato, que faz com que todo mamífero como telencéfalo desenvolvido e polegares opositores e que participam de uma construção cultural de mundo, seja humano. A Antropologia Filosófica entende o humano como algo universal, numa categoria da qual os membros da espécie fazem parte.
Essa é a distinção fundamental entre o saber científico (Antropologia Natural e Cultural) e o saber filosófico. O primeiro busca uma definição o mínimo “universalizante” possível, em que todos possam se enquadrar de modo flexível e peculiar, uma definição por particulares, indivíduos, que trabalha com dados empíricos. O segundo saber busca, através puramente de análise reflexiva, num auto-perscrutar incansável e implacável, um Humano universal, e não trabalha com coisas experenciáveis, mensuráveis, mas somente na intelecção e na abstração. No final, ambos se confundem, porque o objetivo é o mesmo: entender o que faz como que o humano seja humano; o que muda, pode-se dizer, é o método.
O saber científico, para