Antropologia do Consumo
Análise crítica do texto: “A ascensão social da “gata borralheira”: uma discussão sobre a recepção da telenovela Cheias de Charme entre empregadas domésticas.” - Renata Guedes Mourão Macedo (GT3: Moda, gostos e estética)
Antes de analisar o texto é importante contextualizar social e culturalmente o objeto. E como menciona o trabalho, atualmente com o crescimento da TV a cabo e internet, a TV aberta perdeu audiência das classes A e B, nesse caso especificamente, a Rede Globo, viu aí a necessidade de fazer novelas que atendam a “nova Classe C”. E se antes os protagonistas das novelas eram sempre ricos, agora vemos a periferia e personagens populares nos papéis centrais.
Nos depoimentos das domésticas que assistiram à novela, podemos ver claramente as algumas das principais razões do consumo:
Modelar papel social- “Ela criou os filhos da patroa dela! A patroa dela saia de manhã e chegava de noite, e quem cuidava dos filhos, quem cuidava da casa era ela!” Dessa forma ela viveu se dedicando a uma família que não era a sua, porém ressaltando que tudo isso feito com “responsabilidade” e “seriedade”.
Status Social- Mesmo não sendo uma profissão de prestígio que alguém sonhe em querer trabalhar: “Se trata de uma profissão “digna”, “honesta” que garante o sustento da família, significando em muitos casos certa ascensão social em relação a um passado mais difícil, no meio rural ou mesmo urbano.”
Vínculo social - Aqui outro ponto importante foi a “valorização” da empregada doméstica. Para elas, especialmente em seu próprio meio social – amigos, namorados e familiares -, mas também no meio social dos patrões, a novela Cheias de Charme, ao transformar as empregadas domésticas em protagonistas, chamava a atenção para essa atividade profissional, revelando como as trabalhadoras domésticas também têm, como qualquer outra pessoa, dificuldades e sonhos.
Imagem social e fictícia – Em outro depoimento a doméstica preferia trabalhar a