Antinomias de kant
Causas de expansão da Vila
Ainda que não esteja bem elucidada pela historia quais os povos indígenas que habitavam a grande bacia do Acaraú, é quase certo que a ocupavam, pelo menos desde a foz até sua confluência com o rio Jaibaras, os índios Potiguaras ou Petiguaras, possuidores das terras litorâneas – do Rio Grande do Norte ao grande rio Parnaiba, entre o Piauí e o Maranhão. Por sua vez, os Tabajaras, senhores das Serras, estacionavam nos sertões intermediários dos dois rios e da cordilheira da Ibiapaba.
Nas suas adjacências campeavam as tribos tapuias dos tremembés, aldeados que foram na praia de Almofala, e os Acriús ou Ararius, fixados as margens do rio Groaíras, povoação que teve o nome de Lourenço Guimarães.
Em conseqüência da guerra Holandesa (1630-1654), várias famílias da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, fugidas dos horrores da guerra e do ódio sectário dos holandeses, procuraram, abandonando o litoral, refugiar-se no interior cearense, estabelecendo-se primeiramente no vale do Jaguaribe, onde fundaram grandes fazendas de gado e, em seguida, levantaram bandeiras para a conquista de novos rios.
Pelo mar vieram também povoadores para o Ceará, sendo quase exclusivamente de Pernambuco, Paraíba, e Rio Grande do Norte. Desta origem, afirma o Cel. João Brigido, são as famílias que primeiro se estabeleceram na bacia do Acaraú.
As primeiras migrações nos sertões do Acaraú datam de meados do século XVII. Confirma-o uma antiga carta concedida a 8 de novembro de 1682, pelo capitão-mor Bento de Macedo Farias ao Capitão Bento da Silva, Jorge Coelho de Souza, e a outros moradores de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, em 50 léguas de terras pela costa abaixo, a contar do rio Pará ao rio Mundaú, nelas compreendida, entre outras, a bacia do Acaraú.
É de opinião de Antônio Bezerra que o primeiro ponto habitado da região de Sobral deveria ter sido a povoação do Riacho Guimarães, onde já em 1712 existia uma capela.
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