Antigona
O seu destino foi sua escolha. A filha de Édipo, atormentada pela crescente infelicidade da sua família, talvez estivesse ao desafiar a lei, em busca de uma morte gloriosa, solene, autosacrificando no altar da sua raça em extinção. “…será levada a um lugar ermo; e ali será enterrada viva….” Dessa forma, além de cumprir seu dever em dar a sepultura a seu irmão, deixaria de viver num mundo impuro, cheio de injustiças.
As Mulheres na Antiguidade não tinham o direito de refutar as decisões masculinas, mesmo quando estas provavam serem injustas, pois seria desonroso ao homem acatar a opinião de uma mulher.
Antígona representa a mulher guerreira, determinada em suas escolhas, nenhuma lei humana poderia detê-la naquele seu ato de desobediência, pois seus desígnios eram bem mais profundos. Além de estar contestando um homem, ela desafiou o próprio rei em busca de seus direitos. “…Ele não tem o direito de impedir os meus deveres sagrados…” Entrando em conflito com a lei dos homens → Creonte. Creonte ao tomar conhecimento de que Antígona havia concedido sepultara a seu irmão, violando as ordens impostas por ele, tomado de raiva, ordenou que a enterrassem viva, pois além dela tê-lo desobedecido, ele não poderia voltar atrás com sua decisão para fazer a vontade de uma mulher, ainda sendo sua sobrinha e noiva de seu filho.
“,,,será enterrada viva, em um túmulo subterrâneo, revestido de pedra, com alimento o bastante para que a cidade não seja maculada pelo sacrilégio. Lá não chegará som de humana voz, ela poderá conversar em paz com seus mortos queridos e invocar a