Anti-hipertensivos
Hipertensão arterial ou hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença que se caracteriza pelo aumento da pressão arterial (níveis pressóricos elevados) acima dos valores de referência para a população mundial. A hipertensão arterial é uma doença de origem multifatorial. Contudo, sabe-se que a herança genética e fatores ambientais como obesidade, sedentarismo e estresse, são componentes fundamentais no desenvolvimento da doença hipertensiva. A hipertensão arterial tem sido reconhecida como o principal fator de risco para a morbidade e mortalidade causadas por doenças cardiovasculares. Estudos epidemiológicos indicam que níveis elevados de pressão arterial (PA) aumentam o risco de acidente vascular cerebral, doenças coronarianas, insuficiência cardíaca congestiva e insuficiência renal crônica. Entretanto, estudos realizados em adultos hipertensos demonstram que o tratamento efetivo da hipertensão arterial reduz significativamente o risco destas complicações. O tratamento medicamentoso visa a reduzir os níveis de pressão para valores inferiores a 140 mmHg de pressão sistólica e a 90 mmHg de pressão diastólica, respeitando-se as características individuais, a co-morbidade e a qualidade de vida dos pacientes.
Os medicamentos anti-hipertensivos de uso corrente em nosso meio podem ser divididos em 6 grupos:
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Anti-hipertensivos – Prof. Fábio Carrasco
O tratamento anti-hipertensivo pode ser realizado em monoterapia, através da utilização de um único fármaco anti-hipertensivo, ou em terapia combinada, isto é, através da associação de dois ou mais fármacos anti-hipertensivos de classes distintas.
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Anti-hipertensivos – Prof. Fábio Carrasco
1. DIURÉTICOS Os diuréticos têm sido utilizados no tratamento de pacientes hipertensos durante as últimas quatro décadas. São tão eficazes quanto a maioria de outros agentes antihipertensivos. Administrados como monoterapia ou em associação com outros agentes, constituem a base terapêutica