Antes da Guerra do Paraguai
Antes da Guerra do Paraguai
Corumbá foi explorada pela primeira vez por volta de 1524 pelo português Aleixo Garcia, que estava em busca de ouro. Mais tarde com o objetivo de fixar o domínio de Portugal na região, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, governador e Capitão-General da Capitania de Mato Grosso, implantou pontos estratégicos militares com a finalidade de defender o território contra as invasões espanholas. Construiu em 1775 o Forte Coimbra e fundou em 21 de setembro de 1778 às margens do rio Paraguai o arraial de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, povoado que surgiu como destacamento militar e se estabeleceu a princípio na ponta do Ladário.
Em 1856 foi estabelecido o livre trânsito de barcos brasileiros e estrangeiros no rio Paraguai, o porto de Corumbá com sua posição geográfica privilegiada, tornou-se um importante centro econômico. O povoado foi transferido em 1859 para o local onde hoje está localizada a cidade de Corumbá. A navegação além de romper o isolamento da região serviu para fixar o domínio na fronteira oeste do Império. Em 1861 foi instalada uma Alfândega no porto e em 1862 o povoado foi elevado a categoria de vila. Surgiram as ruas espaçosas e o comércio. Isso trouxe de contrapartida um problema de infra-estrutura, o transporte de mercadoria e o abastecimento de água potável eram precários, não havia calçamento nas ruas e a falta de saneamento causava as epidemias. Barcos vindos de vários países atracavam no porto e como não havia controle sanitário, doenças começaram a surgir. Junto com as epidemias os problemas econômicos e sociais foram agravados pelas enchentes periódicas do rio Paraguai, crises políticas e conseqüências da violência do cotidiano da região. Havia uma dualidade na estrutura social que se formava, de um lado tinha um grupo reduzido que monopolizava o comércio e do outro a maior parte da população que sobrevivia de forma precária, o mesmo ocorria com os índios que serviam