Antagonismo – Ocidente e Islã
O Ocidente hoje está envolvido num conflito violento e aberto contra o radicalismo islâmico.
Por centenas de anos, viajantes, estudiosos, clérigos e comerciantes muçulmanos e não-muçulmanos trocaram bens, idéias, informações, e ainda o fazem. É uma história de necessidade mútua e também de mudança.
No tempo das Cruzadas havia dois blocos sólidos: o mundo cristão e o mundo islâmico. Não é mais assim. No novo mundo globalizado, o "Ocidente" está em toda a parte - suas idéias e ideologias, sua ciência e tecnologia, seus filmes e músicas, seus hábitos alimentares...
O islamismo, atualmente, também é global. Milhões de muçulmanos agora vivem no Ocidente. Mesquitas, escolas muçulmanas e bancos islamitas tornaram-se lugar-comum.
Com esse novo conceito de mundo – o globalizado, que deveria ser uma forma de solução desse tipo de problema, pois aumenta a possibilidade de diálogo entre nações, se torna um fator agravante a essa situação de discordâncias e guerras ideológicas.
Certamente o diálogo entre esses dois pólos está cada vez mais difícil: o fanatismo diminui as chances de conversa. O convívio poderia ser harmonioso e mutuamente enriquecedor se não fosse o fato de que o poder crescente dos fanáticos esmaga aqueles mais moderados e tolerantes.
As diferenças religiosas, culturais e políticas entre os povos islâmicos e os ocidentais se acentuaram a partir da segunda metade do século 20.
Isso ocorre primeiro devido à crescente importância das nações árabes, decorrente da alta do preço do petróleo, até os anos 80, e depois em razão do crescimento populacional. O aumento da população de jovens também alimentou grupos islâmicos fundamentalistas. Esses jovens depois se espalharam pelo Ocidente. E, com a maior proximidade entre os povos, foram acentuadas as diferenças religiosas e de valores culturais (causa: globalização).
Em segundo lugar, enquanto na maior parte da Europa