Anos 60
O marco mais importante desse período foi a estrondosa aparição de quatro jovens de Liverpool nas paradas de sucessos da Europa e Estados Unidos – The Beatles (foto), que tiveram como primeiro hit a música “Love me Do”.
Amante do folk e ativista social, o então também jovem Bob Dylan aparecia como um contestador político, ao mesmo tempo que movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã se espalhavam ao redor do mundo.
Os Rolling Stones, barulhentos e desgrenhados, começavam a agradar os roqueiros insatisfeitos com o jeito cordial e polido de John Lennon e sua trupe. Em 1969, o Festival de Woodstock (foto) torna-se o símbolo dos jovens que buscavam a liberdade de expressão. Sob o lema "paz e amor", meio milhão de pessoas compareceram ao seu primeiro concerto, que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin.
Conjuntos como The Who, Jefferson Airplane, Led Zeppelin e The Doors também são as revelações desse período.
Como não poderia deixar de ser, a história do rock começa com um grito: o grito do negro, que veio para a América como escravo e influenciou a sociedade norte-americana com a sua musicalidade. Em fins de 1950, nos Estados Unidos, a chamada “geração silenciosa”, marcada pelo fim da Segunda Guerra Mundial, viu-se frente a um ritmo até então desconhecido, derivado da sonoridade de um povo marginalizado.
O primeiro grito negro cortou os céus americanos como uma espécie de sonar, talvez a única maneira de fazer o reconhecimento do ambiente novo e hostil que o cercava. À medida que o escravo afundava na cultura local - representada, no plano musical, pela tradição européia – o grito ia se alterando, assumia novas formas.
Antes de definir o rock, é preciso considerar o nascimento do blues - resultado da fusão entre a música