Sou um anônimo. Provavelmente faria parte da história, como dizem Margareth Rago e Maria Clara Pivado Biajoli em Mujeres Libres: Documentos da Revolução Espanhola, parte da população que terá a sua voz abafada pela historiografia, uma vez que a história tal como a conhecemos é feita e contada pelos vencedores. Atiçado pelas idéias nesse texto, fico pensando em como, através da minha própria experiência, posso dialogar com o curso Questionamentos à Dominação. Encontrei uma entrada, não sei se forçada, no fato de que durante o percurso de minha formação escolar, todas as influências de professores críticos, análises que questionavam situações de opressão se davam no campo das reflexões marxistas. Não é necessário explicar que, durante o curso, as análises em torno do jogo de força mostram que mesmo o marxismo, que tem também como ambição a emancipação política humana, para alcançar seus objetivos, articulou alianças com setores reacionários e manteve posturas deveras desumanas para com os movimentos contestatórios mais radicais. Essas manobras tiveram em mim um impacto enorme, uma vez que as minhas impressões eram de que todas as formas de lutas contra opressão estavam associadas ao marxismo, já que, como foi dito em aula, a minha noção de anarquismo libertário, estava contaminado pela concepção que é difundida pelos liberais, que se apropriaram do termo. Além dos textos trabalhados em sala, para simbolizar essa questão do combate comunista versus as manifestações radicais que eram suprimidas ou luta da situação contra as atitudes contrárias, podemos recorrer ao filme Rumble fish ou Selvagem da Motocicleta de Fracis Ford Coppola. O exercício de pegar o filme para ilustrar essa situação pode ser feito na medida em que os personagens da película são marginalizados, se articulam e movimentam dentro da sociedade norte americana, mas que mesmo vivendo à margem lutam entre si para determinar qual grupo ou pessoa terá o poder em suas mãos. A cena dos peixes no aquário