Anestesicos Locais
Anestésicos locais (AL) são amplamente utilizados como agentes para a anestesia e a
analgesia durante o transoperatório e o pós-operatório. Para que o anestesista possa utilizar
essas drogas com segurança e máximo efeito, faz-se necessário o conhecimento sobre a
farmacologia dos anestésicos locais como um grupo e sobre a farmacologia específica dos
Anestésico local pode ser definido como uma droga que pode bloquear de forma reversível a
transmissão do estímulo nervoso no local onde for aplicado, sem ocasionar alterações no
nível de consciência. Existem muitas drogas que, além de seu uso clínico habitual, exercem
As diferenças clinicamente relevantes entre as amidas e ésteres
A ligação molecular que existe nos anestésicos locais do tipo éster é mais fácil de ser
quebrada que a ligação molecular do grupo amida, por isso os ésteres são mais instáveis em
solução e não podem ser armazenados por tanto tempo quanto as amidas. As amidas são
termoestáveis e podem sofrer o processo de autoclave, os ésteres não. O metabolismo da
maioria dos ésteres resulta na produção de ácido para-aminobenzóico (PABA) que pode ser
associado a reações alérgicas, enquanto as amidas raramente causam reações alérgicas. Por
essas razões, atualmente as amidas são mais utilizadas.
Mecanismo de ação dos Anestésicos Locais
Os AL interrompem a condução do estimulo nervoso por bloquear a condutencia dos canais
de sódio impedindo a deflagração do potencial de ação.
Complementar com:Os anestésicos locais bloqueiam a ação de canais iônicos na membrana
celular neuronal, impedindo a neurotransmissão do potencial de ação. A forma ionizada do
anestésico local liga-se de modo específico aos canais de sódio, inativando-os e impedindo a
propagação da despolarização celular. Porém, a ligação específica ocorre no meio
intracelular, por isso é necessário que o anestésico local em sua forma molecular ultrapasse