Anemia aplástica
A anemia aplástica é uma falência do processo de hematopoiese, potencialmente fatal, caracterizada por uma depleção nas reservas medulares acompanhada de anemia grave, neutropenia e trombocitopenia. É uma anemia normocrômica, normocítica. Esta patologia foi descrita pela primeira vez por Ehrlich no final do século XIX, numa mulher jovem que morreu abruptamente com anemia grave, hemorragias, aumento brusco da temperatura e deficiência em células na medula óssea.
É uma doença que quando não tratada tem uma taxa média de sobrevivência inferior a dez meses devido a infecções e hemorragias. A anemia aplástica pode ser congênita (20%) ou de causas adquiridas (80%). É uma doença rara apresentando uma incidência de aproximadamente dois casos por 1 x 106 anualmente na Europa. Na Ásia é 3 vezes mais freqüente com uma incidência anual de 5 a 7 por 1 x 106.
Uma possível causa deste número aumentado de anemia na Ásia é a maior utilização de cloranfenicol, tanto a nível humano como a nível animal, pois embora o uso de cloranfenicol em animais destinados a consumo humano tenha sido proibido na Europa e nos Estados Unidos da América, não foi proibido na Ásia.
Etiologia
A medula óssea desempenha um papel essencial. Contém as células estaminais que são precursoras dos glóbulos vermelhos, brancos e das plaquetas. Uma vez produzidos deixam a medula e passam á corrente sanguínea. A medula óssea tem necessidade de produzir continuamente novas células de todos os tipos para substituírem as velhas. Os glóbulos vermelhos vivem aproximadamente 120 dias, as plaquetas cerca de 7 dias e a maioria dos glóbulos brancos dura um dia ou menos. A anemia aplástica acontece quando a medula é danificada afetando a sua capacidade de produzir novas células.
A etiologia da doença é muito diversa. Durante o século XX ficou claro que alguns casos de anemia aplástica e falência medular são secundários à exposição a tóxicos químicos, fármacos, radiação e agentes infecciosos.
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