Resenha belo monte
Belo Monte, anúncio de uma guerra
O documentário “Belo Monte, anúncio de uma guerra” trata da construção da Usina de Belo Monte, a segunda maior do mundo. Ele é absolutamente contra sua construção e não deixa margem para dúvidas sobre o desastre que será essa obra principalmente para os povos indígenas que vivem à beira do Rio Xingú, mas também para os moradores de Altamira (cidade do Pará).
Muito se questiona durante todo o documentário sobre a falta de discussão e consulta aos indígenas, ignorando-se sua vozes e impondo-se simplesmente a construção de Belo Monte. Com isso, fica óbvia a enorme quantidade de interesses por trás desta obra; entre eles poderosos países como Estados Unidos, França, China, Alemanha e Áustria. Já os indígenas, persistentes, tem resistido à ela desde 1989.
O documentário questiona também o período de funcionamento de Belo Monte: de acordo com o projeto, a usina só irá funcionar quatro meses ao ano. Para alguns especialistas, fica claro que o governo está escondendo a intenção de construir outras usinas ao longo do rio matando ainda mais povos indígenas.
Atualmente no Brasil as indústrias de cimento, siderúrgica, de metais não-ferrosos, de ferro-ligas, a química e a de papel e celulose são responsáveis por 30% de toda a energia consumida no país. Nossa realidade de “desenvolvimento” é a de um país produtor de bens primários, com baixo valor agregado e alto valor energético .
A resistência à Belo Monte já dura 30 anos e ao longo destes anos, as principais empresas privadas que investiriam na construção da usina desistiram depois da realização do estudo de energia. Hoje em dia o projeto conta com a maior parte dos investimentos advindos de empresas estatais.
Outro problema gravíssimo abordado no documentário é a superlotação sem estrutura nenhuma que irá ocorrer em Altamira. Estima-se que a cidade, que hoje tem 95 mil habitantes, duplicará sua população no período de 1 ano; sendo que a usina poderá gerar, no máximo,