Resenha belo monte com embasamento teorico
Acadêmica: Amanda Oliveira Nunes. Curso: Gestão Pública
A criação da Usina hidrelétrica de Belo Monte trouxe com ela uma guerra, travada por indígenas e ribeirinhos contra aqueles que querem e defendem sua construção. Clastres apresenta em seu texto “A sociedade contra o Estado” uma realidade bem percebida no documentário dirigido por André Vilela, em que a sociedade dita civilizada e empenhada na construção da usina não os vê, não os escutam, simplesmente agem como se nas margens do Rio Xingu não vivesse ninguém, não respeitam uma sociedade que não apresenta um Estado e uma liderança semelhante à “civilizada”.
Os indígenas habitantes da margem do Xingu são totalmente contrários a usina, assim como diversas outras pessoas que abraçam a causa deles, defendendo a preservação do rio e dos povos que necessitam dele para viver. Essa defesa e esse abraço são dados por meio de manifestações, propagandas, reuniões e alianças, mas para evitar a propagação dessas manifestações o governo aplica sanções que buscam reprimir ainda mais a opinião dos mais afetados com a construção da Belo Monte. Este fato é bem explicado por Cristina Costa no capitulo referido a Émile Durkheim, onde ela descreve a ideia deste da seguinte forma [...] Quando um fato põe em risco a harmonia, o acordo, o consenso e, portanto, a adaptação e evolução da sociedade, estamos diante de um acontecimento de caráter mórbido e de uma sociedade doente [...] e a este tipo de fato são feitas punições, e é assim vista a sociedade indígena e todos que se opõem a “evolução”, como uma sociedade doente.
No início das atividades de Belo Monte havia promessas de fortes parcerias de empresas privadas, mas devido ao estudo de energia várias delas abandonaram a causa e hoje a maioria dos investimentos são de