Usina belo monte
Aluno: Daniel Carlos de Carvalho Crisóstomo
Resenha Crítica
Em entrevista concedida à coluna Negócios & cia do jornal O Globo, José Antonio Muniz Lopes, presidente da Eletrobras, respondeu algumas perguntas sobre a polêmica construção da Usina de Belo Monte. Defensor ferrenho da hidrelétrica que ajudou a projetar como engenheiro, Muniz comemora o sinal verde do Ibama ao canteiro de obras da usina, e avisa que se as obras não começarem o quanto antes, haverá um custo imenso ao país.
Questionado sobre como vê a licença do Ibama ao canteiro de obras de Belo Monte, o presidente da Eletrobras demonstra felicidade e ressalta que o país não teria outra fonte capaz de garantir 4.500 MW médios provenientes da hidrelétrica. É no mínimo intrigante alguém que ocupe um cargo tão importante, simplesmente ignore a eventual eficiência de outras fontes de energia nas quais nosso país é tão abundante, deixando de lado um dos principais desafios do Brasil, que é a diversificação da nossa matriz energética, hoje, essencialmente composta por hidrelétricas. Talvez surpresa pela afirmação controversa do presidente de uma empresa que se intitula focada na sustentabilidade, a jornalista volta a questioná-lo sobre a capacidade exclusiva que somente o projeto Belo Monte teria para fornecer energia limpa e barata ao país. Sob o mesmo argumento baseado no número 4.500 MW, Muniz diz que qualquer alternativa não sendo a construção da usina em questão, teria um custo mais elevado, e demandaria um tempo maior. Novamente, o Sr. Presidente exclui a hipótese de investimento em fontes de energia verdadeiramente limpas, como a eólica e a solar, demonstrando a incoerência de suas idéias com o cargo que ocupa, num discurso imediatista, pleiteando a qualquer custo a usina que informalmente é chamado de pai.
Perguntado sobre a importância de Belo Monte, Muniz apresenta argumentos que ressaltam apenas a eficiência do projeto, além do papel de suprir falhas