Usina de Belo Monte
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é um completo erro ambiental e um regresso na conquista do tão desejado desenvolvimento sustentável.
Polêmica construção que vai mudar drasticamente o fluxo de um Rio, o Xingu (Uma bacia hidrográfica de 51,1 milhões de hectares que abriga 30 terras indígenas e 12 unidades de conservação), fonte de sobrevivência e locomoção de povos ribeirinhos, indígenas e de cidades do Pará. O habitat de uma das maiores biodiversidades de peixes do país será alterado pelo homem. E há realmente a necessidade de toda essa destruição para a geração de energia? Não, não há.
Os estudos de Belo Monte e seu licenciamento são questionados por ambientalistas e algumas autoridades, que reuniram estudiosos e especialistas para refazer os estudos de impacto ambiental e compará-los com os feitos pela empresa interessada na construção. O resultado? Um documento de 230 páginas que mostrou um EIA-RIMA oficial de extrema superficialidade. As proporções do desastre são muito maiores do que as informadas no documento do projeto. Áreas imensas de plantio e reservas ecológicas serão alagadas, índios terão sua pesca e caça afetadas, a cidade de Altamira, próxima ao local da construção, já se encontra com superlotação de pessoas, povos ribeirinhos serão despejados, espécies de peixes, plantas e animais terrestres sofrerão com a alteração de seu ecossistema e muitas correm o risco de serem extintas, o meio de transporte fluvial, fundamental nas áreas próximas ao Rio Xingu, será dificultado por causa das barragens construídas, entre outros milhares de impactos que a região sofrerá.
No Brasil existem 112 Usinas Hidrelétricas e 83 Pequenas Centrais Hidrelétricas (geram de 1 a 30mw), sendo mais do que suficiente para o abastecimento do nosso país. E o que precisamos para anular o risco da falta de energia no futuro é o investimento nas nossas usinas que já estão obsoletas. Novas tecnologias,