anemia aplastica
A anemia é definida como diminuição do volume de hemácias ou da hemoglobina por unidade de volume de sangue com conseqüente diminuição na capacidade transportadora de oxigênio aos tecidos. De acordo com Kellermeyer, R.W.A (1984), anemia não representa diagnóstico definitivo e sim achado laboratorial que demanda criteriosa investigação etiopatogênica.
Segundo Prado, F.C.; Ramos, J.; Vale, J.R (1995), a anemia aplástica (AA) resulta da falência da “stem-cell” medular em produzir as células do sangue com conseqüente anemia, leucopenia e plaquetopenia. De acordo com o grau de citopenia periférica e da celularidade medular ela pode ser classificada como moderada ou grave.
A incidência variável é de 0,6 a 3/1000.000 habitantes. Genericamente podem ser adquiridas ou constitucionais. Na anemia aplástica grave, conforme Hoffman, R.; Benz Jr.; E.J. et al (1991) a sobrevida de 2 a 3 meses é de 50% quando se emprega apenas a terapia de suporte. O diagnóstico baseia-se no hemograma e no estudo da medula óssea (aspirado e biópsia). Os casos moderados apresentam evoluções mais benigna podendo ser confundidos com mielodisplasia e anemia de doença crônica.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 DEFINIÇÃO
Anemia aplástica foi descrita pela primeira vez em 1888 por Erlich, ao relatar um caso rapidamente fatal de uma jovem com anemia, leucopenia, febre, metrorragia e lesões ulceradas sem orofaringe. De acordo com Wintrobe, M.M (1981) ao realizar a autópsia, ele demonstrou a ausência de medula óssea funcionante. Scott, J.L.(1959), cita que a doença que provocou a morte dessa paciente foi por ele denominada "depressão primária da função medular" .
Em 1904, Chauffard utilizou pela primeira vez o termo "aplástica", ao descrever um caso de "anemia perniciosa aplástica", expressão usada com sentido de aplasia global da medula óssea 80. Em 1959, em decorrência de um estudo de 39 casos, propôs-se que o termo "anemia aplástica" se