anatomia
online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo
INTRODUÇÃO
A Anatomia Humana é contemplada a disciplina mais velha da Medicina, tanto que, primeiramente, ambas se emaranhavam. Pelo menos no começo, em tempos imemoriais, era aceitável saber Anatomia ou, pelo menos, ter alguns conhecimentos anatômicos para poder praticar a Medicina. Desde aquela ocasião começou a ser válido o pensamento “Nulla Medicina sine Anatomia!”, ou seja, “Não há Medicina sem Anatomia”.
“Ramo seco da Biologia”, “Ciência dos mortos”, “Ciência dos fósseis”, “A Anatomia morreu!” Esses são os “versos” cantados aos quatro ventos por aqueles que julgam – quase – desnecessário o estudo da Anatomia. Para demonstrar este mal um caso pitoresco ocorreu no Brasil, quando um laureado com prêmio Nobel foi convidado a fazer conferências científicas e educacionais sobre “Atualização do Currículo Médico” o famoso professor, com toda a autoridade que um ganhador de prêmio Nobel pode ter, brindou a plateia com a seguinte mimosidade: “uma grande redução no currículo poderia ser feita à custa da Anatomia, pois para conhecer a anatomia dos homens, bastaria conhecer a anatomia do rato”. A grande vantagem que ele antevia era que a dissecação de um mamífero pequeno poderia ser feita em três dias, e não nos três anos necessários para dissecar o homem. Na discussão que se seguiu, um dos participantes da plateia perguntou: “se o orador fosse acometido por uma apendicite aguda, ele escolheria o cirurgião que tivesse dissecado um rato, ou um que tivesse dissecado um cadáver humano?” O orador fez uma longa pausa e honestamente confessou que ele escolheria o cirurgião que tivesse estudado anatomia no homem. O professor que fizera a pergunta retomou a palavra e parabenizou o orador pela sua excelente escolha, acrescentando: “principalmente por que o rato não tem apêndice vermiforme.” (DI DIO, 1998, p.28).
O termo Anatomia, etimologicamente, tem origem Grega (anatomé): ana (distributivo, em partes) e