Analogia: Filme "Ensaio sobre a cegueira" e "Mito da Caverna", de Platão
O filme ‘’Ensaio sobre a cegueira’’ tem início em uma rua de grande movimento. Um motorista para: ‘’Estou cego’’, pensa ele. A partir desse ocorrido, essa ‘cegueira’ começa a se propagar, como uma epidemia. Devido à rápida disseminação, as pessoas contaminadas são colocadas em quarentena, em um manicômio desativado. Todas estavam cegas, exceto a mulher de um oftalmologista, que estava lá apenas para ajudá-lo. Colocadas em quarentena, todas as pessoas são descaracterizadas socialmente. Estão no mesmo patamar. Não há distinção alguma entre elas. O tempo passa, e a mulher do médico se tornava cada vez mais o agente ativo de todas as relações. Como há muitas pessoas, ocorreu uma divisão por alas. Devido a isso, as relações diplomáticas desses grupos ficam extremamente afetadas. Há uma ala ‘tirana’, em que seus membros começam a exigir objetos pessoais em troca de comida: dinheiro e objetos de valor, até mesmo relações sexuais com as mulheres. A esposa do médico, não aguentando mais, se rebela e mata um dos membros da ala, afirmando que a cada vez que ficassem sem comida, um membro deles morreria. No decorrer do tempo, uma das mulheres da ala afetada ateia fogo, propiciando assim a libertação de todos. A relação desse filme com Platão se dá por vários motivos. No mito da caverna, todos estão condenados a ver sombras e a tomá-las como verdadeiras. No filme, isso é bem definido, já que as pessoas, ao ficarem cegas, não conseguem identificá-las umas às outras. Portanto, não há preconceito de nenhuma parte. Há negros, asiáticos, brancos, prostitutas, crianças. Ou seja, se você não enxerga as pessoas, não terá um “pré-conceito“ e assim, julgá-las pelo que parecem ser. Logo, o mito da caverna se caracteriza não pelo aprisionamento das pessoas, mas sim pela cegueira. Outro aspecto importante a respeito da analogia é sobre a libertação das pessoas do manicômio. As pessoas, que antes de