Analise

IV – Análise
De modo geral, a produção de E.B.M. é organizada e intelectualizada, com uso de vocabulário adequado. Esses dados indicam contato com a realidade preservado, nível intelectual satisfatório e controle eficiente da ansiedade. Há pequenos deslizes desse padrão associados à expressão de realização, o que indica ser esta uma área conflitiva.
O estilo de E.B.M. indica cuidado em manter certa distância em relação à tarefa, esforço nem sempre bem-sucedido, principalmente a partir da prancha 3 (7 MF), justamente a que mobiliza a necessidade de realização. Na prancha 4 (8 MF), o relato é mais pessoal – embora defesas intensas estejam presentes – chegando até a uma narrativa na primeira pessoa.
E.B.M é uma pessoa preocupada com seu futuro, mas com dúvidas quanto a própria capacidade, mostrando insegurança em relação a sua realização. De modo geral espera por parte de si mesma para atingir suas metas, na solução de seus problemas.
Na prancha (7MF), mostra ser sonhadora, ter esperança e ser afetiva com relação à figura materna, porém não menciona na prancha (6MF) a figura do pai, e sim a relação com um parceiro.
Entretanto, na prancha (12 F), E.B.M. mostra ansiedade e medo frente ao envelhecimento, contudo, há uma distorção na característica da jovem na prancha, onde é vista como um homem. Parecendo atribuir as suas próprias características de baixa feminilidade. Porém existe grande dificuldade em aceitar esses sentimentos negativos, de modo geral atenuados por mecanismos de defesas, destacando-se a idealização e racionalização.
A presença de um superego e o intenso uso da intelectualização distancia-na de seus sentimentos, empobrecem sua vida interior e dificultam a elaboração de seus conflitos. E.B.M sente-se insegura para reagir e tende a dirigir a necessidade de realização a si própria, o que pode favorecer a ocorrência de episódios de insatisfação. A insegurança quanto as suas próprias capacidades, levam-na a atribuir a si e ao ambiente a causa de suas