Analise nao destrutiva obras de arte
Márcia A. Rizzutto *
Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física da Universidade de São Paulo
(IF-USP)
Laboratórios Pelletron e LAMFI (Laboratório de Materiais e Feixes Iônicos)
Rua do Matão, travessa R, 187
CEP 05508-900 São Paulo, SP, Brasil, Tel.: +(55) (11) 3091-6765 www.if.br e lamfi@if.usp.br
Resumo
Os métodos de análise para caracterização, datação de objetos de arqueologia, arte e preservação do patrimônio cultural utilizam-se de técnicas de análise estrutural e molecular, como difração de raio-X, espectrometria com infra-vermelho; técnicas de datação, como termoluminescência e espectrometria de massa com aceleradores 14C; técnicas de análise elementares, como fluorescência de raio-X, espectrometria de emissão atômica, ativação neutrônica; e técnicas baseadas em feixes iônicos, como
Emissão Induzida de Radiação X por partículas (PIXE), Emissão Induzida de Radiação gama por partículas (PIGE) e Espalhamento Rutherford em ângulos traseiros (RBS).
Técnicas não-destrutivas com métodos analíticos atômico-nucleares têm sido utilizadas frequentemente para caracterização de objetos de arte, arqueológicos e do patrimônio cultural, e estão estabelecidas há algumas décadas no cenário internacional. No entanto, no Brasil, estas técnicas são relativamente recentes e os trabalhos nesta área começaram a ser discutidos e apresentados a partir da década de 1990. (1-11).
Os métodos físicos atômico-nucleares podem ser utilizados em diferentes situações, como a caracterização das modificações ocorridas nos processos de corrosão de metais, análise de pigmentos de pinturas, já que os elementos químicos existentes nas camadas de preparação e nos próprios pigmentos podem ser identificados por estas
Revista CPC, São Paulo, n. 6, p. 208-218, maio 2008/out. 2008
208
técnicas, o estudo de materiais cerâmicos, pois é possível a identificação de elementos