analise liquida Bauman

A identidade e a continuidade da existência trazem sobre si questões complexas de acordo com o tempo histórico. A modernidade de atribui a identidade uma noção do tempo diferente. O tempo torna-se instantâneo, os prazos são imediatos, o fluxo é presente de maneira que o sujeito é puro fluxo. Dentro desse contexto as relações de trabalho, as relações afetivas e a lógica de consumo também são atingidas.
Nas relações de trabalho, os projetos são elaborados em curto prazo, os vínculos são frágeis o que impede o aprofundamento das relações. Já os trabalhadores precisam de atualizações sempre para atender as necessidades do mercado de consumo.
Já na lógica de consumo que em decorrência do capitalismo corrói o caráter do ser humano fazendo consumir de maneira que o sujeito nunca se sinta satisfeito na sua totalidade. Assim o consumidor que estará sempre ansioso, entediado e insatisfeito buscará saciar-se sobre algo material.
Há ainda a questão dos relacionamentos atendem as expectativas do momento do “aqui e agora” baseados no prazer imediato na busca de satisfação de desejos e de uma felicidade que nada mais é do que ilusória. E da mesma maneira em que este relacionamento não o satisfaz pode ser substituído por outro de maneira instantânea. A relação já não recebe a atenção e cuidado para que tornem duradouras. Porém para Bauman em uma entrevista para Revista Istoé diz “que a árdua tarefa de compor uma vida não se pode ser reduzida a adicionar episódios agradáveis. A vida é maior que a soma de seus momentos”. Já o sofrimento é algo que deve ser banido da vida dos sujeitos, ele é intolerável de modo que para livrar-se desse mal a busca pela solução fácil e imediata recai sobre o uso de antidepressivo algo que já compra pronto em uma loja assim o produto supera a dificuldade no lugar do indivíduo.

Referencia:
Bauman, Z.Prada, A. Vivemos tempos líquidos.Nada é para durar. Istoé online, 2010. Disponível em: