Análise - Modernidade Liquida, Bauman
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir”
Lulu Santos
O livro “Modernidade Liquida” de Zygmunt Bauman, publicado pela editora Jorge Zahar Editor Ltda., aborda no prefácio, uma possível explicação para a mudança da história da humanidade desde a pré-modernidade até como hoje é conhecido, modernidade liquida. No decorrer da obra, Bauman toma como marco o filosofo inglês Karl Marx e suas teorias, assim descrevendo a possível hipótese para a mudança até a modernidade. Segundo o autor, para que isso tenha ocorrido, a pré-modernidade deu inicio ao processo de liquefação dos sólidos, ou seja a fluidez, mudança, inconsistência destes, originando a modernidade sólida. Por vez, esta modernidade permanece com caráter tradicional, com áurea1 ética, com valores e instituições, com o objetivo apenas de aperfeiçoar os sólidos. Nesta época, o espaço prepondera-se2 sobre o tempo e o necessário é ser durável. Durante o desenvolvimento do capitalismo, a modernidade sólida se transformou em modernidade liquida, abordado na contemporaneidade, quando o tempo prevalece sobre o espaço, visando apenas a acumulação de capital.
Segundo Karl Marx, “Tudo o que é sólido se desmancha no ar [...] “. Tal ideal é reforçado pelo pensamento de Zygmunt, exposto no texto que aborda a transformação da modernidade como já citado, fato que ocorre na atualidade. As mudanças ocorridas têm origem no capitalismo e na globalização, que juntos, se tornaram impactos transformadores das relações econômicas e sociais, mudando os costumes. Pode-se exemplificar esse fato com as alterações sofridas pelas instituições que, segundo o texto, viraram “zumbis”, ou seja, existem porem estão mortas com suas funções comprometidas. O desaparecimento dos valores e da ética na nova sociedade de consumo, lentamente se destaca.
Zygmunt Bauman, sociólogo nascido na Polônia em 1925, começou sua carreira ao cursar a Universidade de Varsóvia. Desde o principio expressando suas teorias e ideias