Filosofia da Religião
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
ELIAS RODRIGUES DOS SANTOS
Rio de janeiro,
2014.
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
PARTE I
1. Período Pré-socrático
Aos filósofos que viveram na Grécia Antiga, no período que antecedeu ao surgimento de Sócrates, em Atenas, os historiadores denominaram pré-socráticos. Muito pouco de suas obras está disponível, restando apenas fragmentos. São chamados de filósofos da natureza (physis, em grego), pois investigaram questões pertinentes a esta, como de que é feito o mundo, a origem das coisas. Romperam com a visão mítica e religiosa da natureza que prevalecia na época, adotando uma forma científica de pensar. Os gregos passaram a perceber que nada ocorria por acaso e que não existia a interferência de deuses relatados no período mitológico. Alguns se propuseram a explicar as transformações da natureza. Tinham preocupação cosmológica.
A cosmologia surgiu como a parte da filosofia que estuda a estrutura, a evolução e composição do universo, sendo a primeira expressão filosófica apresentada no período pré-socrático e, por isso, também chamado de cosmológico. Suas principais características são: a substituição da explicação da origem e transformação da natureza através de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas de tais alterações, defende a criação do mundo a partir de um princípio natural e que a natureza cria seres mortais a partir de sua imortalidade.
No período em que a cosmologia prevaleceu, as pessoas acreditavam que a natureza somente poderia ser conhecida através do pensamento, ou seja, existia a necessidade de pensar para se chegar ao princípio de todas as coisas que forma, a partir de sua imutabilidade, seres sensíveis a transformações, regenerações, mutações capazes de realizar modificações quanto à qualidade e quantidade. Tal mudança – Kínesis – significava modificações, além de significar movimentação e locomoção.
Esse primeiro período tem