Analise Documental
Para admiração uma mulher relata sua expedição pelas lindas paisagens brasileiras. Conta nesse relato que ela e seu companheiro trazem consigo apenas guarda chuva e canivete provavelmente para colheita de algumas espécies nativas da nossa flora.
Caminham tranquilamente pelos arredores da fazenda, quando são surpreendidos por um negro, escravo em fuga que os assusta e parte para o ataque.
Entram em luta ainda que mais fracos, mas corajosamente pela sobrevivência, quando são surpreendidos por dois cavaleiros, que fazem com que o negro siga em fuga de acordo com o trecho abaixo:
“Nós percebemos um galope sobre o calçamento, e imediatamente o negro nos deixou e pulou para dentro da floresta.”
Tratava se do feitor da fazenda que estava a caça do seu escravo, não teria conseguido capturá-lo se não fosse a ajuda do capitão do mato, que ao voltar com o negro preso levou, então, todos à uma casa ali perto.
Pode-se destacar nessa passagem um preconceito grande, como se vê no trecho: “... ele arreganhou os dentes em nossa direção, como um animal selvagem...”
É necessário um olhar mais atento para esse fato: onde os que passeiam por uma possível fazenda de grandes terras são pessoas da pele branca e quem realmente sustenta a produção e trabalho do lugar são homens, mulheres e crianças negras. Baseado numa economia de mão de obra escravocrata era então o lugar chamado Brasil, o que antes era colônia da metrópole Portugal. Naquele momento o país era governado por Dom Pedro I, havia se passado 7 anos da Independência.