Analise do tempo
Basta ligar a TV ou mesmo sair de casa para afirmarmos : é, estamos chegando ao fim de mais um ano novamente, mas já ? Já podemos ver promoções de panettones, piscas-pisca nos telhados das casas e na copa das árvores.
O anúncio inspirador de final e um novo começo, então, está por todos os lados.
Se essa sensação anual de final de ano, parece chegar cada vez mais rapidamente, o que estamos fazendo com esse tempo, que parece acelerar o ritmo de seu tic-tac?
Afinal, o ciclo é sempre o mesmo, a Terra completa sua volta em torno do Sol em 365 dias e 6 horas, salvo anos bissextos.
Na infância, normalmente, a falta de tempo não é uma grande preocupação, pois sempre deve sobrar um tempo para se fazer um desenho, brincar ou mesmo observar o movimento das nuvens no céu. Mas, ao chegarmos na fase adulta e participarmos da lógica capitalista e comercial, preenchemos cada período do dia com algum afazer que prometa nos levar ao sucesso profissional, pessoal ou ainda ambos.
Quando nos damos conta, é estabelecida uma rotina que pode nos colocar como coadjuvantes de nossa própria vida : temos muitos compromissos, não podemos fazer o que queremos e sim o que precisamos para o sustento do alcance de um objetivo. Nem reparamos mais no movimento das nuvens.
A verdade é que o ser humano é um grande caçador de tesouros e, assim que encontra-o, deseja um outro. É a vontade nosso grande motivador e nosso grande mal, como já afirmava o filósofo alemão Shopenhauer, que coloca nesse sentimento o motivo de cada frustração. No entanto, a vontade realmente motiva e é necessária, mas só o equilíbrio sempre satisfaz.
Porém, o significado do que é um tesouro varia para cada pessoa.
Algo realmente valioso pode ser a sua promoção no emprego, o diploma ou até mesmo a aquisição de algum "sonho de consumo". E sim,posso afirmar que essas são conquistas importantes. Mas, e enquanto esse dia em que o sonho é realizado não