Analise do Sonetilho do Falso Fernando Pessoa

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE TEORIA LITERÁRIA E LITERATURA COMPARADA
ANALISE DO POEMA
SONETILHO DO FALSO FERNANDO PESSOA
3731895361950Trabalho final da disciplina Introdução aos Estudos Literarios I,
020000Trabalho final da disciplina Introdução aos Estudos Literarios I,

São Paulo
Setembro – 2014
Carlos Drummond de Andrade, poeta considerado parte do movimento modernista brasileiro publicou seu livro Claro Enigma em 1951 pela editora José Olympio no Rio de Janeiro. Dentre os poemas do citado livro aqui se analisa um em especial: Sonetilho do Falso Fernando Pessoa.
O poema pertence ao gênero lírico como se pode notar tanto pelo seu aspecto substantivo quanto adjetivo, segundo as afirmações de Anatol Rosenfeld em o teatro épico (1965). Sobre o “Significado substantivo dos gêneros” diz: “Pertencerá a lírica todo poema de extensão menor, na medida em que nele não se cristalizarem personagens nítidos em que, ao contrário, uma voz central – quase sempre um “eu” – nele exprimir seu próprio estado de alma.” (ROSENFELD, Anatol. o teatro épico, 1965, pp. 5).
Quanto ao aspecto adjetivo dos gêneros, Rosenfeld refere-se aos “traços estilísticos de que uma obra pode ser imbuída em grau maior ou menor, qualquer que seja seu gênero (no sentido substantivo).” Sobre o traço estilístico do gênero lírico, Rosenfeld define como “sendo o mais subjetivo: no poema lírico uma voz central exprime um estado de alma e o traduz por meio de orações; Trata-se essencialmente da expressão de emoções e disposições psíquicas, muitas vezes também de concepções, reflexões e visões enquanto intensamente vividas e experimentadas... A manifestação verbal ‘imediata’ de uma emoção ou de um sentimento é o ponto de partida da Lírica.” (ROSENFELD, Anatol. o teatro épico, 1965, p.10).
Ao apresentar essas definições é fácil perceber o quão fundamentado na forma Lírica o poema de Drummond está, uma vez que é composto em uma