Analise do filme Don Juan de Marco

Don Juan de Marco, análise crítica:
O Psiquiatra: Dr. Mickler assume o trabalho com Don Juan a partir do momento que consegue convencê-lo de não cometer suicídio. Ao ser internado Don Juan começa a contar sua história a Dr Mickler que se denomina Don Octavio, para entrar na história do paciente e ajudá-lo, a partir daí Dr. Mickler adquire algumas características do paciente, como o romantismo e começa a acreditar fielmente na história que Don Juan o conta. Em um momento da terapia Don Juan começa a dominar o enquadre terapêutico, assumindo a postura de dizer: hoje é isso, terminamos por aqui. O filme está sempre oscilando entre a realidade e a fantasia, o que acaba confundindo o médico que acaba entrando nos delírios de Don Juan, percebe-se que ele deseja aquele mundo de aventuras e romantismo para ele. Don Juan transfere seus desejos para o Dr. Mickler que assume uma visão diferente mundo que esta a sua volta, colocando mais leveza e alegria. Há uma identificação por parte do médico com o paciente quando essas características começam a aparecer. Há um momento em que o médico começa a se questionar sobre aquilo que ele está acreditando, e procura conversar com a avó de Don Juan, que revela a ele uma realidade muito diferente daquilo descrito pelo paciente, revela um acidente de carro que aconteceu com o pai, a mãe que se tornou freira por ter se relacionado com muitos homens, e nesse momento nos questionamos sobre a vida de Don Juan, se essa é a verdade sobre sua mãe, ele se relaciona com muitas mulheres também devido ao mecanismo da transferência, repete o que sua mãe fazia como forma de aliviar suas frustrações e continuar fugindo da realidade, junto com essa situação há outra forma de se defender dos acontecimentos traumáticos de sua vida, Don Juan utiliza mecanismos de defesa como a negação, negando a todo tempo sua realidade e se isolando em seus pensamentos, já que dessa forma os fatos marcantes ficariam armazenados em seu inconsciente.
Voltando ao médico,