Analise da Obra Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire Cap. II (2.5 / 2.9)
Capítulo II: Ensinar não é transferir conhecimento.
Neste capítulo, Paulo Freire fala da forma de ensinar, retomando a questão da relação professor/aluno no processo ensino-aprendizagem do qual devem fazer parte não como objeto um do outro, mas como sujeitos ativos na produção e construção do conhecimento. Por isso ele ressalta que “(...) ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção". Desta forma, expressa a importância do reconhecimento da inconclusão do educando, de sua autonomia enquanto ser que atua no mundo; do bom senso, humildade e tolerância em sala de aula, bem como da luta em defesa dos direitos dos educadores; da alegria e esperança de que a mudança na prática educativa é possível.
2.5 Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores.
A luta dos professores em defesa de seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, a questão que se coloca obviamente não é parar de lutar, mas reconhecer que a luta é uma categoria histórica e reinventar a forma histórica de lutar.
2.6 Ensinar exige apreensão da realidade
Como professor preciso me mover com clareza na minha prática docente, a partida para esta reflexão é a conclusão do ser humano de que se tornou consciente, é construir, reconstruir, constatar para mudar e assim acompanhar sempre os esforços para superar as limitações, não procurar esconder em nome mesmo do respeito que todos têm aos educandos.
2.7 Ensinar exige alegria e esperança
Esperança de que professor e alunos juntos podem aprender, ensinar, inquietar-se, produzir e também resistir aos obstáculos à alegria. O homem é um ser naturalmente esperançoso. A esperança crítica é indispensável à experiência histórica que só acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não determinado, mas que pode ser mudado.