Analise bakhtiana
Frederico Jonas Silva Lima
RESUMO
Século XIX. Século, do qual, a cidade São Luís era um dos lugares portugueses mais fortes. Uma sociedade ainda escravocrata, discriminatória, que facilmente se poderia constatar a influência tradicional de uma identidade perversa populacional vezes por vezes implacável. Dentre muitas vertentes que moldam e reformulam a ideologia, bem como, os atos deste povo, sem dúvida o discurso torna-se de extrema importância, pois este sempre foi um dos responsáveis pela modificação dos cidadãos desta época até hoje. Este dogma é incontestável, como bem se pode ver através dos intensos estudos de Bakhtin sobre a análise do discurso. Isto pode-se evidenciar na obra O Mulato, de Aluísio de Azevedo, um grande exemplo de uma história repleta de enunciados discursivos que, de fato, transformam o étnico-social, e a cultura interiorizada e personificada do ser humano, bem como, os pensamentos para com cultura de toda uma geografia demográfica, nas figuras de personagens que são acima de quaisquer suspeitas e de outros duramente condenados.
Palavras-Chave: discurso, análise do discurso, étnico-social, cultura.
1 INTRODUÇÃO No Século XIX, a burguesia torna-se exemplo concreto de tudo que era bom. De fato, a ideologia de uma sociedade burguesa dispensa possíveis outras opiniões por ser extremista. Pensamentos tradicionais que revelam uma identidade populacional repleta de paradigmas discriminatórios faz com que muitas vezes esta seja implacável. O que a mantém intacta (forma de ver o mundo, opiniões, a personalidade forte, etc) e a torna consistente. Quaisquer outros povos que a ela se opuserem, com certeza, ou serão facilmente extintos ou a ela se aliarão, o que modifica concepções e logo, por conseguinte, a vivência destes ditos povos. É neste contexto, que é realizada a obra: “O Mulato”, de Aluísio de Azevedo, que por oportunidades nada