Analgésicos
Os analgésicos foram introduzidos na segunda metade do século XIX. Antes do advento dos mesmos, só eram utilizados a quinina e derivados naturais do ácido salicílico. Este último por sua vez é utilizado há mais de 2400 anos pelos gregos que preparavam extratos de Salix Alba para o tratamento da dor.
Os analgésicos podem ser classificados de acordo com suas características químicas:
a) Derivados do Ácido Salicílico;
b) Derivados do p-aminofenol;
c) Derivados pirazolônicos;
Existem diversas outras classes, porém para este trabalho abordaremos apenas os analgésicos não opióides mais amplamente conhecidos das principais classes.
2. ANALGÉSICOS
2.2. ÁCIDO ACETILSALICÍLICO;
O ácido acetilsalicílico conhecido comercialmente como Aspirina® e/ou AAS é utilizado desde o fim do século XIX. Já era sabido desde os tempos de Hipócrates em 400 a.C que a febre podia ser diminuída mastigando-se cascas de árvores de salgueiro. O agente ativo encontrado na casca do salgueiro foi isolado em 1827. Tratava-se um composto aromático chamado salicina, que poderia ser convertida no álcool salicílico através da reação com a água em álcool salicílico e, posteriormente, oxidada para formar o ácido salicílico.
Embora a aspirina seja um remédio muito eficaz, também é muito mais perigosa do que se acreditava. Cerca de 15 gramas pode ser letal a uma criança pequena, além de causar hemorragia no estômago e reações alérgicas para os usuários de longa data. A Aspirina ainda pode causar a síndrome de Reye, uma reação fatal a esse medicamento que ocorre muitas vezes em crianças que estão se restabelecendo de uma gripe.
2.2.1. Reações e síntese;
O processo de síntese do Ácido acetilsalicílico consiste em tratar o ácido salicílico com anidrido acético, em presença de ácido sulfúrico concentrado. O ácido sulfúrico atua como catalisador da reação doando um próton. Em seguida ocorre a desprotonação do ácido formado. O ácido acetilsalicílico é purificado pelo