Marxismo e história nova
Segundo Bois, o marxismo, no plano historiográfico, mostra-se como um “discurso estereotipado” e uma leve tendência de “abandono” do materialismo histórico. A crise da corrente marxista pode ser superada com a renovação da pesquisa histórica sendo que um racionalismo extremo leva essa prática integrar todas as contribuições metodológicas recentes capazes de serem fecundas e abertas para “história nova” que evita apego as posições dogmáticas.
A “História Nova” surge nos anos 1930, tendo como fundadores Lucien Febvre e Marc Bloch, como uma prática historiográfica que se contrapõem ao positivismo, corrente de pensamento até então dominante. Nos anos 1960 a “história nova” progride, fazendo a história tradicional recuar para setores específicos. Bois caracteriza essa corrente: ampliação do campo de observação do historiador; apelo a um conjunto de ciências humanas; aplicação de métodos quantitativos cada vez mais sofisticados. O autor chama atenção para o risco da “história nova” torna-se uma corrente unilinear e fatual podendo, assim, o positivismo sobreviver.
Com o novo papel dominante da “história nova” a obriga não somente derrubar as antigas metodologias, mas erguer uma nova linha de defesa na disputa de ideias do mundo contemporâneo. Guy Bois salienta a existência de demarcações internas que não podem ser negligenciadas entre as duas correntes, mostrando o emaranhamento confuso e contraditório do ataque de ambas.
Para Guy Bois, o