Análise semântica e sintática do poema "Meus oito anos", de Casimiro de Abreu
Essa nostalgia é contada em sete estrofes de oito versos cada, chamadas, por isso, de oitava. A primeira estrofe se repete no final do poema, podendo ser considerada um refrão. Os versos são regulares, cada um com sete silabas poéticas chamados de heptassílabos ou redondilha maior.
O poema possui muitas vírgulas e pontos finais, o que indica um ritmo mais lento para sua leitura. Nota-se, também, que todas as estrofes possuem pontos de exclamação, entende-se que seja para acentuar o tom de exaltação da infância.
O autor usa um esquema de rimas bastante distinto: o primeiro e o quinto versos são brancos, ou seja, não possuem rimas, os demais versos estão organizados de forma tal que as rimas são intercaladas, seguindo o esquema: (verso branco)AAB(verso branco)CCB. As rimas são todas externas, com predominância de rimas ricas.
O autor utiliza uma linguagem que se aproxima da culta. O poema não possui rebuscamentos, é de léxico simples, mas organizado sintaticamente de tal forma que não o deixa ser simplório ou coloquial.
Há a presença de algumas figuras de linguagem por todo poema. Dos versos 13 ao 16 o autor utiliza a metáfora: “o mar é – lago sereno / o céu – um manto azulado, / o mundo – um sonho dourado, / a vida – um hino de amor!”.
Dos versos 20 ao 24 há a prosopopéia: “naquele ingênuo folgar! / O céu bordado de estrelas, / a terra de aromas cheia, / as ondas beijando a areia / e a lua beijando o mar!”. Em “nessa risonha manhã” também temos a prosopopéia.
Em “rezava às Ave-Marias” vemos a perífrase, usada pelo autor para referir-se ao entardecer.
Outra figura de linguagem espalhada pelo poema é a