Amor liquido
Ele questiona como isso poderia ser útil ao sujeito; sobre quais os benefícios a serem obtidos; debate a contradição da atual sociedade num duelo entre o próprio interesse e a busca pela felicidade; sobre a capacidade de conviver com o outro; promovendo uma reflexão sobre as guerras e a violência; sobre a necessidade do ser humano se sentir seguro e a relação com a convivência social.
O questionamento sobre o porquê amar o próximo segue por reflexões pautadas em (O Mal-estar na Civilização - Freud), permeado pela impossibilidade de realização da máxima, uma vez que as relações humanas são de interesses, de significações e conclui, através de Freud, que tal afirmação deve ser tomada como um ato de fé na busca pela coabitação e sobrevivência.
Para Bauman, é o amor próprio que permite a aproximação da máxima citada, porém esse amor próprio só é conquistado pelo amor que os outros sentem por nós. De forma que só se pode amar ao próximo se formos amados primeiro. É só quando se sente amado que se consegue amar aos outros e respeitar as diferenças e singularidades existentes.
Segundo o autor, na modernidade, as relações estão abaladas pela depreciação da dignidade humana e dos valores que se desgastaram ao longo de guerras, da violência, das justificativas pautadas em sobrevivência e da discriminação que causa uma distância entre as camadas sociais.
Em suma, a crítica está no descarte das pessoas e das relações sociais efetivas, as relações se tornaram descartáveis e essa banalização é acentuada e reforçada pela mídia. Para Bauman, a disseminação dessa ideologia provoca um estado de alerta, tudo passa a ser encarado com desconfiança e faz com que as relações sejam mantidas apenas se lucrativas, se não o são, se dissolvem.
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