American psycho e a industria cultural
Introdução
Este trabalho visa comparar o filme American Psycho (2000), de Marry Harron com o tema da Indústria Cultural proposto por Theodor W. Adorno e Marx Horkheimer no ensaio “Dialética do Esclarecimento”. Procura relacionar os dois temas de modo a debatê-los e a encontrar pontos simultâneos entre os mesmos, com o propósito de criar uma publicação académica tanto no âmbito da disciplina de Cultura Visual, como no que possa ser exigível noutros contextos. Inicialmente é apresentada a ideia de Indústria Cultural e alguns exemplos desta presente no ensaio “Dialética do Esclarecimento” escrito por Adorno e Horkheimer. De seguida, introduz-se o filme American Psycho, incluído uma sinopse do mesmo. Por último, liga-se o conceito de Indústria Cultural com o filme American Psycho criando uma analogia entre os mesmos. Indústria Cultural de Theodor W. Adorno e Marx Horkheimer
Os filósofos Theodor W. Adorno e Marx Horkheimer pertenceram à chamada Escola de Frankfurt, que foi criada em 1919 na Alemanha e que reuniu um círculo de filósofos e cientistas de mentalidade marxista e que cultivaram um estudo em torno da sociedade. Com a Segunda Guerra Mundial, a escola é fechada e alguns filósofos conseguem escapar para os Estados Unidos da América. Entre eles encontram-se Adorno e Horkheimer, que escrevem já depois da Segunda Guerra Mundial, em 1947, o ensaio “Dialética do Esclarecimento”, um debate sobre o Iluminismo e o progresso da Civilização pós segunda guerra.
“A indústria cultural pode ser definida como o conjunto de meios de comunicação como, o cinema, o rádio, a televisão, os jornais e as revistas, que formam um sistema poderoso para gerar lucros e por serem mais acessíveis às massas, exercem um tipo de manipulação e controle social, ou seja, não só edifica a mercantilização da cultura, como também é legitimada pela demanda desses produtos.” (SILVA DA COSTA, Alda Silva (introdução), Movendo Ideias: Indústria