Ameaça Terrorista - resenha do filme

Resenha
O filme “Ataque Terrorista” narra uma ameaça terrorista sob ataque de bomba atômica contra os EUA. O terrorista é capturado e então se inicia uma sessão de tortura com a finalidade de que ele confesse onde estão as bombas para que sejam desarmadas. De um lado, FBI e CIA defendem os métodos ortodoxos de interrogatório, e de outro, uma ala do governo investe na tortura.
Depois de assistirmos ao filme, chegamos à conclusão de que o modelo político criminal adotado pela polícia americana diante o anúncio de um breve ataque terrorista foi Direito Penal do Inimigo -3ª. Velocidade, mesmo que alguns policiais se mostram a princípio contra algumas formas de tortura, aceitam, principalmente quando a explosão é iminente, pondo em risco toda uma parcela grande da população (garantismo X direito penal do inimigo).
Direito Penal do Inimigo -3ª. Velocidade porque as ações para se impedir o ataque foram pautadas na ampla relativização das garantias do cidadão, desrespeitando os direitos fundamentais do indivíduo em um estado democrático de direito, com o pensamento de que, se o terrorista é inimigo da sociedade como um todo, não merece gozar dos direitos que essa mesma sociedade assegura a quem faz parte dela, já que ele a repudia e quer atacá-la através do terrorismo. Assim como o terrorismo não respeita os direitos fundamentais do cidadão comum que compõem a sociedade, esse modelo também não respeita o terrorista. Parece-nos como uma nova lei de Taleão: olho por olho, dente por dente. Fato que merece ser lembrado é que, no filme, a pessoa que determina até onde a tortura pode ir e a faz efetivamente é um criminoso. Dessa forma, podemos concluir que estamos tratando o crime com outro crime.
O interessante é que mesmo usando essa política criminal extremada, não surte o efeito desejado, pois esse tipo de criminoso não tem os mesmos valores que a sociedade que o pune. Parece-nos que, nesse caso, assim como em tantos outros, preocupar-se somente com a sanção é sem