Ambiguidade estrutural Língua Portuguesa
Oxigênio
—O—
(estabelece duas ligações)
Carbono
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—C—
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(estabelece quatro ligações)
metano
H
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H—C—H
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H
(CH4)
etano
H H
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H—C—C—H
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H H
(C2H6)
propano
H H H
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H—C—C—C—H
| | |
H H H
(C3H8)
A comparação entre o Etanol (álcool etílico, um líquido usado como combustível, como ingrediente em bebidas alcóolicas, entre outros usos) e o Dimetil Éter (um gás usado principalmente em aerosóis) nos remete a algo análogo às ‘ambiguidades estruturais’ da Sintaxe, pois temos os mesmos elementos combinados estruturalmente de maneiras ligeiramente diferentes, gerando compostos químicos bastante diferentes e que têm usos bastante diferentes (ou seja, não funciona se você colocar dimetil éter na composição da bebida ou no tanque de combustível do carro; como também não funciona se você colocar etanol na composição de um aerosol).
HL396-B – Lingua Portuguesa IV – 2014-2 – Prof. Maximiliano Guimarães etanol H H
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H—C—C—O—H
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H H
(CH3CH2OH)
dimetil éter
H
H
|
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H—C—O—C—H
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|
H
H
(CH3OCH3)
Podemos até questionar se é mesmo apropriado falar em ambiguidade na comparação entre Etanol e Dimetil Éter, pois, na prática, um não se confunde com o outro, dado que suas propriedades diferentes são muito aparentes. No entanto, temos aqui uma situação realmente análoga ao que temos nas combinações sintáticas em que as mesmas palavras são combinadas de modo ligeiramente diferente, gerando estruturas nitdamente diferentes, como em (1a) e (1b).
(1a)
S
5
SN
SV
|
3
N
V
SN
Paulo
beijou
|
N
Ana
(1b)
S
5
SN
SV
|
3
N
V
SN
Ana
beijou
|
N
Paulo
Nesse caso, não dizemos que há ambiguidade, propriamente, porque a ordem de palavras acaba sendo diferente, o que torna as duas sentenças facilmente distinguíveis uma da outra no plano fonológico. Entretanto, casos genuínos de ambiguidade (i.e. um mesmo enunciado