ambientes imersivos
Yara Rondon Guasque Araujo
Imersão, participação, espaços midiáticos.
Ambientes imersivos e participativos nesse texto são espaços que se utilizam do sistema computacional para promover uma ilusão perceptiva e que estimulam os sentidos do visitante através de aparatos multimidiáticos.
Nos exemplos de Erkki Huhtamo (HUHTAMO, 1995) de diferentes tecnologias da imersão, que alteram a mente e causam a ilusão, é possível distinguirmos as que induzem a imersão como experiência interiorizada das que o fazem como experiência exteriorizada. As drogas químicas e os rituais religiosos claramente induzem às experiências interiorizadas, enquanto a televisão, o cinema, os jogos virtuais e os sistemas computacionais que criam cenários midiáticos como ambientes imersivos que podem ser acústicos ou visuais oferecem a possibilidade de experienciar a imersão coletivamente, em grupos, como experiência exteriorizada.
Os ambientes imersivos e participativos que pretendo analisar e comparar são díspares entre si. A comparação tem como propósito apresentar as diferenças desses ambientes imersivos do sul do país, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Embora eles possuam objetivos diferentes e se voltem para audiências distintas todos esses espaços se utilizam dos recursos multisensoriais. Eles podem ser considerados espaços midiáticos imersivos que oferecem a experiência de imersão como exteriorizada, passível de ser vivenciada coletivamente.
Ambientes imersivos e participativos neste texto são os espaços que utilizam sistemas computacionais para promover um estado de ilusão perceptiva e que incitam o visitante à participação. A imersão é usada como um estágio para aniquilar a diferença entre realidade e representação e como instrumento de persuasão da mente nas instalações artísticas midiáticas fazendo a passagem entre o realismo e o fantasioso. A imersão é produzida quando não registramos em nossa