o perfil cognitivo do leitor imersivo
3429 palavras
14 páginas
O leitor virtual ou imersivo, segundo Santaella, surge da multiplicidade de imagens sígnicas e de ambientes virtuais de comunicação imediata. Esse novo leitor nasce inserido dentro dos grandes centros urbanos e é acostumado desde cedo com a linguagem efêmera e provido de uma sensibilidade perceptiva-cognitiva quase que instantânea. Ele, segundo Santaella, e de acordo com essas características, é inserido no ambiente hipermídia, coloca em ação mecanismos, ou mesmo, habilidades de leitura muito distintas das empregadas pelo leitor do texto impresso. Por outro lado, elas se distinguem, ainda, daquelas que são empregadas pelo leitor de imagens ou espectador de cinema ou televisão. Essas habilidades de leitura multimídia acentuam-se mais ainda, quando a hipermídia migra do suporte CR-Rom para circular nas potencialidades infinitas do ciberespaço. Esse tipo de leitor, segundo Santaella (2004, p.33): “[...] é obrigatoriamente mais livre na medida em que, sem a liberdade de escolha entre nexos e sem a iniciativa de busca de direções e rotas, a leitura imersiva não se realiza. [...] [Trata-se de] um leitor em estado de prontidão, conectando-se entre nós e nexos, num roteiro multilinear, multisequencial e labiríntico que ele próprio ajudou a construir ao interagir com os nós entre palavras, imagens documentação, músicas, vídeo etc”.
Leitor imersivo: o usuário da web
No capítulo 1, “Três tipos de leitores: o contemplativo, o movente e o imersivo”, a autora, a partir das novas formas de percepção e cognição que os atuais suportes eletrônicos e estruturas híbridas e alineares de texto escrito estão fazendo emergir, delineia o perfil congnitivo desse novo leitor que navega pelas infovias do ciberespaço. Para delinear esse perfil, é necessário ampliar a concepção do que seja a prática de leitura, expandindo o conceito do leitor do livro para o leitor da imagem e desta para o leitor das formas híbridas de signos e processos de linguagem.
Antes mesmo do advento do