ambiental
Rio de caramelo mata peixes e ameaça o Turvo
Victor Augusto
Uma tonelada de peixes de pelo menos cinco espécies e de tamanhos variados morreram sufocados no rio São Domingos em um dos maiores desastres ambientais da região de Rio Preto. Apesar das ações para a contenção da “lava” doce, espessa, escura e que chega a 40º C, formada pela queima de 28 mil toneladas de açúcar misturadas à água jogada pelos bombeiros, o material já atinge 60 quilômetros do rio e três municípios - Santa Adélia, Pindorama e Catanduva - e já ameaça chegar ao rio Turvo.
No momento do incêndio, na sexta-feira, o açúcar estocado em um dos armazéns da Agrovia dentro do chamado porto seco seria transportado por via férrea até o Porto de Santos. As chamas teriam começado na esteira usada para transportar o produto no carregamento até os vagões. As chamas que produzem o melaço e que chegaram até imóveis próximos, desalojando quatro famílias, ainda não foram contidas totalmente. A extinção dos focos que ainda persistem também é importante para não colocar em risco um galpão anexo, onde estão estocadas mais 45 mil toneladas de açúcar.
Para isso, as autoridades ambientais que trabalham na tentativa de controlar a contaminação do rio contam com a colaboração de São Pedro para que o desastre não seja ainda maior. Em caso de chuva nas próximas horas a situação se agravaria ainda mais.
“Estamos com 96% do vazamento do melaço no rio controlado. Caso chova a situação será crítica, já que esse caramelo pode triplicar de volume e voltar a contaminar os rios, transbordando as barreiras de contensão construídas”, explica o gerente regional da Cetesb em Rio Preto, Antonio Falco Júnior. O problema é que a previsão do tempo para hoje em Santa Adélia é de 80% de chances de chover. De acordo com oCPTec, a quarta-feira deve ser nublado com curtos períodos de sol e pancadas de chuva com trovoadas. “Ainda não temos como prever a extensão do