o contrário dos direitos humanos

FICHAMENTO: TEXTO “O CONTRÁRIO DOS DIREITOS HUMANOS”, LINDGREN ALVES.

O objetivo do texto é realizar uma análise da afirmação de Zizek, de que “essa normatividade emergente para os direitos humanos é, entretanto, a forma em que aparece o seu exato oposto”, defrontando a luta pelos direitos humanos mesmo antes de 11 de setembro de 2001.
Questiona-se o porquê de, na década de 90 termos presenciado tantas manifestações de preocupação com os direitos humanos, que indicavam o nascimento de uma Justiça Internacional, com manifestações vindas de diversas partes do mundo – no caso do Brasil citou-se a condenação à 632 anos de prisão do comandante da polícia militar – enquanto atualmente ainda há uma repudia e um desconhecimento em relação à tais direitos, bem como uma cultura de que os mesmos não passam de formas de demonstração do imperialismo ocidental.
Com o processo de redemocratização, houve mudanças positivas: deixaram de figurar práticas investigatórias e punitivas anteriormente toleradas, bem como agressões de agentes estatais à integridade física das pessoas.
No entanto, não podemos dizer que a violência aos direitos humanos deixou de existir, pois conforme explica o autor, apenas houve algumas transformações na figura dos sujeitos que aplicam tais violações e na motivação que os conduz.
Diferentemente do passado (apesar de muitos países ainda registrarem episódios de tortura e execuções sumária por agentes estatais), a motivação para tais crimes não é mais política, assim como o tipo de vítima não é mais o opositor ideológico: a vítima é quase sempre, o praticante ou o suspeito de prática de um crime comum. E a motivação é o próprio regime.
Tal mudança influiu no surgimento de uma série de preconceitos na sociedade, e consequentemente no comportamento dos que praticam tais violações.
Ao que parece, as violações aos direitos civis mais tradicionais (liberdade, segurança pessoal, não discriminação) ocorrem com mais