partograma
Assistência ao segundo e terceiro períodos do trabalho de parto baseada em evidências
Assistance to the second and third periods of labor based on eviden
Ana Maria Feitosa Porto2
Alex Sandro Rolland Souza3
Palavras-chave
Cesárea
Trabalho de parto
Parto obstétrico
Keywords
Cesarean section
Labor, obstetric
Delivery, obstetric
Resumo
A conduta ideal a ser adotada no segundo período do trabalho de parto deveria se basear no balanço entre a probabilidade de um parto vaginal, que deve ser maximizada, contra os riscos maternos e perinatais, que devem ser minimizados. Entretanto, ainda não existe consenso sobre o manejo do período expulsivo, a começar por sua definição e os limites estabelecidos para sua duração. Realizou-se uma revisão da literatura em busca das melhores evidências disponíveis sobre a assistência ao trabalho de parto. Foram abordados aspectos como duração do período expulsivo, posição e puxos da pacientes, monitorização fetal, necessidade de episiotomia, manobras para redução do trauma perineal, parto instrumental, acolhimento do recém-nascido e ligadura do cordão umbilical. Também foi abordada a conduta no terceiro e quarto períodos.
Não há evidências suficientes para delimitar a duração ideal do período expulsivo; porém, há guidelines, como os do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), que estabelecem limites de acordo com a paridade e a utilização ou não de analgesia. Posições não-supinas devem ser priorizadas durante o segundo estágio, respeitando-se a preferência das parturientes. A monitorização da frequência cardíaca fetal deve ser intermitente, reservando-se a monitorização contínua para casos especiais. O uso rotineiro de cardiotocografia intraparto associa-se com o aumento das indicações de cesariana. A episiotomia não deve ser realizada de rotina, documentando-se diversos benefícios quando o procedimento pode ser evitado: menos perda sanguínea, menor uso de suturas, menos dor e