ambiental
A QUESTÃO AMBIENTAL
“É cada vez maior o número de pessoas que se interessa pela Ecologia e sente que ela traz algo de novo e importante. Seu impacto na cultura humana, nas diversas áreas da ciência, nas discussões políticas e no comportamento de vários grupos sociais é cada vez mais perceptível. Através da Ecologia, por exemplo, muitas pessoas estão sendo levadas a questionar o seu trabalho, o seu consumo, o seu lazer, a sua saúde, os seus relacionamentos e a sua visão do mundo. Através da Ecologia muitos mitos bem estabelecidos da ciência, da tecnologia, da política e da vida social estão sendo postos em cheque, e novos caminhos estão sendo abertos. Através da Ecologia, por fim, valores filosóficos e unidade da vida e integração homem/natureza, presentes em várias culturas tradicionais da humanidade, estão renascendo numa linguagem prática e acessível para o homem moderno.” (LAGO, 1998:11).
O planeta terra, de forma lenta e gradual, silenciosamente, durante séculos e mais séculos, modificou-se. Modificou-se tendo em vista que o homem, no afã de rapidamente promover o seu desenvolvimento econômico, sem nenhuma preocupação com a preservação do meio ambiente e sem o mínimo de controle, voltado única e exclusivamente para os ganhos monetários, substituiu, desordenadamente e quase sem nenhum critério, tudo aquilo que a natureza nos concedeu, generosa e abundantemente, por bens artificiais. O budista faz uma distinção fundamental entre o instrumento e a máquina.
“O instrumento enobrece o homem, amplia a sua capacidade de ação e promove excelência. A máquina embrutece, delimita a capacidade de ação individual e destroi cultura. Com o instrumento o homem estende o alcance de seu potencial espiritual, pois o instrumento obedece à vontade de quem o usa, mas a máquina impõe seu próprio ritmo e suas próprias limitações. Uma vez que a máquina é inflexível e o homem