ambiental
Acadêmica: Viviane S. Scheid
Professor: Nelson dos Santos
Medianeira, 10 de fevereiro de 2014
A Mata Atlântica
Os primeiros seres humanos ditos civilizados do continente europeu depararam-se com o atual território brasileiro há mais de 500 anos, o conjunto de florestas conhecido popularmente como Mata Atlântica dominava uma extensão territorial superior a 1,3 milhão de km². Durante muito tempo, gerações inteiras puderam vislumbrar a magnitude imponente daquela floresta, com sua gigantesca biodiversidade, suas árvores, animais e solo fértil.
A relação entre seres humanos e natureza parece que sempre se deu de forma fria e desigual. A exploração predatória e perdulária dos recursos naturais e florestais sempre fez parte da história do homem. No Brasil, os diversos “ciclos” econômicos, tais como o do ouro, o da cana-de-açúcar, o do café, devastaram enormes áreas florestais. A conversão de áreas para atividades agropastoris e polos silviculturais e um ligeiro processo de industrialização e urbanização legaram à sociedade porções ínfimas da floresta ao longo do território.
Ao estudar a curta História do Brasil, verificamos a história da devastação, depredação e dilapidação de sua natureza, de sua floresta, de seu meio ambiente. São 500 anos ininterruptos de ocupação sem a menor preocupação ambiental e que levaram a Mata Atlântica a sua quase extinção total. Os motivos e contextos são obviamente variados, mas nunca se devastou tanto quanto no período da expansão cafeeira do século XIX e da ditadura militar de 1964-1985. Durante o período militar, a política desenvolvimentista que atingiu o auge na década de 70 incentivou a construção de grandes hidrelétricas, pontes, rodovias, barragens, usinas nucleares, expansão agrícola desenfreada e a implementação de grandes conglomerados industriais, a exemplo de Cubatão. Assim, áreas gigantescas de florestas com sua mega diversidade