Ambiencia Aves
1.1 A ave e o ambiente
A ave de postura exige do meio em que habita, condições precisas de ambiente, tais como temperatura, umidade, pressão, luminosidade, nível sonoro, conteúdo de oxigênio, anidrido carbônico e nitrogênio. Cada individuo tem específicos poderes de adaptação que lhe permitem (ate certo limite de adversidade), sobreviver quando alguma daquelas variáveis se modifica; estes parâmetros dependem de diversos fatores, tais como a aclimatação da ave, idade e sexo, mas para que não ocorra prejuízos no seu desempenho, sempre é possível estabelecer limites ótimos dentro dos quais a espécie se desenvolve em sua plenitude.
Dentre os fatores ambientais, os térmicos, representados por temperatura, umidade, radiação térmica e movimentação do ar, são aqueles que afetam mais diretamente a ave, pois comprometem sua função vital mais importante que é a manutenção da própria homeotermia.
Assim, as aves necessitam manter a temperatura interna do corpo em níveis relativamente constantes, em ambientes cujas condições termohigrométricas são as mais variáveis, através de mecanismos orgânicos de controle representados por severas compensações fisiológicas. Estes ajustes são feitos em detrimento da produção destes animais que, ao invés de empregar os nutrientes para a síntese, os utilizam para produzir ou dissipar calor. Quando não ocorre nenhum desperdício de energia, seja para compensar o frio, ou para acionar seu sistema de refrigeração em combate ao excesso de calor do ambiente, diz-se que a ave está em condições de conforto e, consequentemente, de produtividade máxima; fora da zona de conforto ocorre decréscimo de desempenho produtiva, reprodutiva e resistência do organismo, sendo que extremos num e noutro sentido podem vir a ser letais.
Desta forma, se o conforto térmico não é atingido e a ave é exposta ao estresse calórico, situação muito frequente em boa parte do ano, especialmente no verão brasileiro, ocorrerá uma queda no consumo de ração