Alzheimer

Como a Doença de Alzheimer adquiriu esse nome?

Alois Alzheimer era um neuropatologista e psiquiatra alemão que nasceu na metade do século XIX (1864-1915). A razão exclusiva do seu nome na doença foi em decorrência de uma breve conversa com um grupo de pesquisadores, em 1906. Daquela conversa foi publicada o primeiro caso de Alzheimer sobre uma mulher de 51 anos, D. Augusta, que apresentava uma forma incomum de amnésia, marcantes alterações de linguagem, memória e comportamento. Uma das descrições do comportamento da paciente era: “quando o Dr. Alzheimer lhe mostrou alguns objetos, ela deu primeiro o nome certo para cada um deles, mas imediatamente após, ela já havia esquecido tudo. Durante a conversação, ela usava frequentemente usava frases confusas, expressões de parafasia simples (leite-jarro, em vez de xícara). Às vezes ela deixava de falar completamente. Ela não entendeu muitas perguntas e não lembrava do uso de objetos pessoais’’.
Quando D. Augusta morreu, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer realizou a necropsia cerebral utilizando novas técnicas histológicas de coloração no tecido cerebral e demonstrou a presença de estruturas que hoje são conhecidas como neurofibrilas e placas neuríticas no neocórtex e em outras regiões cerebrais. As placas senis já haviam sido anteriormente evidenciada no cérebro de pessoas idosas sem demência; entretanto, o Dr. Alois Alzheimer corretamente observou que a presença de placas senis em grande número era anormal. Ele teve o mérito de associar as alterações progressivas das funções cognitivas presentes em um paciente com demência severa. Até os dias de hoje a descrição histopatologia do Dr. Alois apresenta uma fidelidade aos atuais conhecimento médicos e permanecem característicos da Doença de Alzheimer.
Durante as seis décadas que se seguiram, pouca atenção foi dada a doença. No final dos anos sessenta, após evidências de que a maioria das demências no idoso não era causada por aterosclerose, mas sim, pelas mesmas lesões